sábado, 22 de fevereiro de 2014

All I need is you by my side - Capítulo 41

I wish that i could give you what you, deserve
‘cause nothing could ever, ever replace you
Nothing can make me feel like you do.
You know there’s no one, i can relate to
And know we won’t find a love that’s so true...



- Justin Bieber (Nothing Like us)































Niall: Acho que vai gostar da noticia. 
vc: Ou não. - comecei a balançar meus pés ritmicamente por conta da ansiedade e do medo. 
Niall: Tem namorado? 
vc: Isso é uma pergunta a se fazer pra uma paciente? - eu dei uma risada um tanto escandalosa.- Tenho sim. 
Niall: Parabéns mamãe! 
vc: O QUE? - engasguei com a minha própria saliva e meu coração por um momento imaginei que tivesse parado de bater.- Por favor pode repetir o que disse? - Eu ainda não acreditava.
Niall: Você está grávida, meus parabéns! 
vc: Não.. não pode ser! - esbravejei. - Eu fiz um teste de farmácia a umas semanas atrás e deu negativo, acho que faz um mês que eu fiz. Não tem como. 
Niall: Esses testes sempre erram, mas exame de sangue não tem como estar errado. 
vc: Estou de quantos meses? - tentei digerir. 
Niall: Quase três, sua barriga já vai começar a dar sinal de vida.

Me levantei de lá ainda um pouco zonza, meu coração estava acelerado e minhas mãos soavam como nunca. Eu estava em choque e com medo de contar ao Justin sobre isso. E se Brown descobrisse? Ele com certeza iria fazer de tudo para tirar meu filho de mim... Caminhei calmamente até o lado de fora e coloquei meus óculos escuros, limpei as lágrimas que tentaram escapar e respirei fundo. Os carros estavam agitados hoje e muito barulhentos ou talvez seja pelos meus ouvidos estarem aguçados. Chamei um táxi e entrei assim que ele parou, eu não podia ir pra casa agora, eu tinha que me recuperar ainda da notícia. Pra quem eu contaria? Eu não tinha ninguém, o Justin e meu pai seriam os últimos a saber disso, isso é, se eles soubessem. Pedi para o homem me levar até a rua Stockdale Highway, fiquei sabendo que lá tinha a melhor Starbucks da Califórnia. Eu tinha que pensar em uma maneira de que ninguém soubesse dessa gravidez. Não demorou para que chegássemos lá, paguei aquele moço simpático e desci num pulo. Por que taxistas eram sempre gentis? Talvez as vezes eles só quisessem a atenção do passageiro, já que ficam o dia inteiro enfurnado em um carro. Empurrei a porta e um sininho fez um barulho indicando a minha chegada, aquele lugar não tinha muita gente, poucas pessoas frequentavam ali. Segui até o balcão e fiz meu pedido e me sentei em uma das mesinhas vazias. Algo naquele lugar me chamou a atenção, talvez fosse pelo fato de que ali eu pudesse pensar direito em tudo o que eu iria fazer daqui pra frente. 

xx: Oi. - um menino sorridente de cabelos castanhos se sentou do meu lado.
vc: Oi. - dei uma risada escandalosa pelo ato dele e o encarei. - Tem mais mesas vazias. - o lembrei.
xx: Eu quero me sentar aqui. Como é seu nome?
vc: - desviei meu olhar do dele.- Sou a [Seu nome] e você?
xx: Sou Scott. - ele sorriu pela primeira vez mostrando a fileira de dentes brancos e perfeitos que tinha ali. 
vc: O que te fez sentar aqui? - perguntei curiosa. 
Scott: O que te fez vir até aqui sozinha? - arqueei as sobrancelhas. 
vc: Eu perguntei primeiro! - protestei. 
Scott: Ué você estava sozinha. Agora sua vez de me responder. 
vc: Simples, eu vim pensar sobre a vida. 
Scott: Você tem o sorriso encantador. 
vc: E um namorado muito bravo. - sorri sarcástica.
Scott: Ei eu não tava te cantando! Fiz um elogio sua ingrata. 
vc: Me desculpa então, eu estou com a cabeça na lua.
Scott: Trate de traze-lá pra terra então. - ele sorriu.
vc: - Uma mulher entregou meu pedido e saiu sem nem dizer uma palavra se quer. - Obrigada! - gritei fazendo ela olhar pra trás e fazer careta. 
Scott: Que gentileza. 
vc: Idiota. 
Scott: Não pode me xingar, acabou de me conhecer.
vc: Você não para de me elogiar por um segundo. 
Scott: Pensei que garotas gostassem de elogios.
vc: Vamos se dizer que eu sou diferente das outras. 
Scott: Ponto.
vc: O que? 
Scott: Você ganhou mais um ponto comigo, percebi que era diferente por isso me sentei aqui.
vc: Você é louco.
Scott: Quantos anos você tem? - ele me observava comer.
vc: Dezessete e você? - falei de boca cheia. 
Scott: Dezoito, não devia falar de boca cheia. 
vc: Você que está tentando puxar assunto enquanto eu como. - falei de novo só que agora deixando escapar algumas migalhas do meu muffin
Scott: Mal educada. 
vc: Olha parabéns, primeira vez que não me elogia. - sorri.
Scott: Primeira vez que parece sincera no sorriso.
vc: Todos temos nossa primeira vez. - sorri sem mostrar os dentes e dei minha ultima mordida no muffin.
Scott: Aonde vai depois daqui?
vc: Pra que te interessa?
Scott: Eu quero ir.
vc: Você acabou de me conhecer! Você não tem namorada não?
Scott: Não tenho, ta interessada?
vc: Eu tenho esqueceu?
Scott: Droga. - ele fingiu estar decepcionado e depois rimos juntos. - Mas sério, aonde você vai?
vc: Procurar emprego. - eu não estava mentindo, eu tinha mesmo que procurar. 
Scott: Tenho ótimas opções, o que você gosta de fazer?
vc: Acho que ser jornalista seria uma boa opção. 
Scott: Gostei. 
vc: Será que eu consigo? 
Scott: Você tem dezessete né?
vc: Hum hum. 
Scott: Pode tentar ser estagiária. 
vc: Não seria uma má ideia. 
Scott: Aonde vai tentar?
vc: Em...
Scott: New York. - ele completou.

Uma lampada brilhou assim que ele disse essa cidade maravilhosa. Eu poderia pedir ao meu pai que me deixasse ir pra New York, deixaria vários problemas e ainda conseguiria criar meu filho em paz. Além de lá ter diversos tipos de empregos, eu pediria ajuda apenas nos primeiros meses, acho que depois eu já iria estar estabilizada e conseguiria pagar as contas numa boa. Scott me olhava sem entender nada e eu só conseguia sorrir cada vez mais, essa ideia tinha sido a melhor de todas. Brown não me pegaria e deixaria Justin em paz, pelo menos era nisso que eu estava acreditando. Me levantei rápido e Scott me seguiu até o lado de fora. 

vc: Obrigado pela ajuda! - o abracei. - Agora eu preciso ir. 
Scott: Espera. - olhei pra ele confusa. - Eu quero te ajudar!
vc: Não preciso de ajuda. - disse com sinceridade.
Scott: Mas eu preciso do seu número. - ele piscou me fazendo rir. 
vc: Ta bom, acho que você merece pelo menos isso. - entreguei um papel com meu número anotado nele. 
Scott: Boa sorte! - ele acenou e eu acenei de volta. 

Entrei em um táxi novamente e pedi que ele me levasse até um shopping pra comprar um celular novo e depois me levar pra casa afinal, eu teria de fazer isso o mais rápido possível. Não podia deixar até que minha barriga crescesse. Mas eu tinha um problema ainda maior... eu não sabia de quem era, poderia ser do Harry como também poderia ser do Justin. Eu transei com os dois na mesma época, eu me lembro. Tampei os olhos e respirei fundo, eu não queria que isso acontecesse. Não queria ir embora e ficar longe do Justin, mas a vida é feita de escolhas e nesse momento, de novo eu não posso pensar apenas em mim. Mas tenho que pensar na saúde desse bebe, se o Justin souber não sei do que ele é capaz de fazer é bem provável que Brown descubra, e quando ele descobrir eu quero estar bem longe. Meu pai é a mesma coisa, se ele sonhar que eu estou indo pra lá pra esconder uma gravidez, ele me deserda. Entrei em uma loja qualquer e comprei um iPhone novo já que eu tinha me desfeito do outro, voltei pro táxi e ele me levou pra ca. Paguei o taxista e desci do carro, meus pés tocavam pesados na grama do meu quintal, girei a maçaneta e entrei meia insegura. Meu pai estava na sala conversando com a Bruna seriamente, mas parou assim que me viu. 

Sp: Filha! 
vc: Oi pai. - disse sem vida. 
Bruna: Oi querida. - ignorei ela. 
vc: Pai eu preciso falar com você. 
Sp: Daqui a pouco eu te chamo, agora to ocupado. 
vc: Agora. 
Sp: Tudo bem. - ele levantou as mãos se rendendo. - Vai indo pro meu escritório. 
vc: O.k.

Segui até o escritório dele e entrei, me sentei em uma cadeira que girava e dei impulso para que ela girasse. Fiquei fitando o teto pensando em como eu pediria pra ir pra New York, em como ele reagiria. Mas meus pensamentos foram interrompidos pelo mesmo. 

Sp: Pode falar filha. - ele sentou na minha frente e eu parei a cadeira pra poder ser mais eficiente. 
vc: Eu estava pensando no que eu poderia trabalhar sabe... e eu cheguei a uma conclusão muito boa em relação a isso. Vai ser uma nova experiência, e eu ainda estou abalada com a morte da minha mãe, mas eu tenho que ser forte e seguir em frente, certo? - ele assentiu. - Bom... nas horas que eu passei fora hoje, eu estive pensando no que eu queria ser. E eu decidi que jornalista seria uma boa opção pra mim, eu gosto disso! Andei pesquisando nessas horas aonde ficavam as melhores universidades pra isso e todas as pesquisas me levaram a New York. Lá tem os melhores cursinhos e as melhores faculdades pra essa área. Eu poderia começar como estagiaria e não precisaria do seu dinheiro pra sobreviver lá. 
Sp: Quer permissão pra ir? - assenti. - Não. 
vc: O que? Eu quero ser alguém na vida, eu vou. 
Sp: Filha aqui na Califórnia tem muitas universidades pra isso, você não precisa ir lá pro outro lado. 
vc: Preciso, porque eu quero ser uma boa jornalista. 
Sp: Você pode ser isso, mas aqui, onde meus olhos possam te ver. E outra, não confio no Justin. 
vc: Ele não vai comigo! 
Sp: Você vai sozinha? - ele arqueou as sobrancelhas.
vc: Sim. 
Sp: E como pretende morar lá?
vc: Eu alugo um flat.
Sp: Com que dinheiro? 
vc: Tenho a herança da minha mãe! - eu tinha me esquecido completamente desse dinheiro. 
Sp: Quer mesmo ir? Podemos ser feliz aqui, eu, você e a Bruna. 
vc: Pai eu odeio ela e eu quero ter a minha própria família.
Sp: Tudo bem... - meu sorriso ficou de orelha a orelha. - Você pode ir. 
vc: Sério?
Sp: Quero que tenha um futuro melhor do que o meu. 

Não me contive, me levantei e dei um abraço bem forte nele. O primeiro passo eu já tinha conseguido dar. Sai dali com um sorriso no rosto, sabendo que mesmo que eu não conseguisse com o Justin, eu iria do mesmo jeito. A melhor forma de conseguir isso é... terminando com ele. Ou eu posso ir sem terminar. Mas isso eu resolvo amanhã, eu preciso descansar um pouco, meu corpo ta pedindo por isso. Subi as escadas pulando alguns degraus e entrei no meu quarto trancando a porta. Me joguei na cama e fiquei fitando o teto, imaginando como seria tudo daqui pra frente. Eu tinha medo de criar tantas expectativas e depois desabar com as mesmas falsas. Senti meu celular vibrando e o peguei na comoda do lado trazendo ele até mim. Era uma mensagem de um número não salvo, aliás eu não tinha mais nenhum número nos contatos então abri sem mais rodeios. 

Sou eu, Scott. O que você vai fazer hoje? Podemos sair? Você pode escolher o lugar, eu deixo haha :) 

Ele só poderia estar louco, eu não sei o que deu nele. Mas poderia ser um bom motivo pro Justin terminar comigo... era isso. Respondi sem mais delongas.

Hey Scott. Puxa você é rápido né? Vamos em alguma boate... eu vou pra New York então isso pode ser uma despedida. 

Qual boate você prefere? eu conheço uma chamada Pure Lounge, ela é sofisticada. Despedidas? Talvez não em. 

É claro que é uma despedida seu idiota, eu não vou mais te ver na minha vida. 

Se você acha. Te pego ai ás 21:30 então!

Não! Nos encontramos lá pode ser?

Ah claro...

Então ás 21:30 no Pure Lounge. Xoxo

Ele não respondeu mais nada o que eu considerei uma resposta afirmativa. O fato de eu querer que Justin vá é justamente para que ele termine comigo, não quero tornar isso mais difícil do que esta sendo. Talvez se eu deixasse que isso passasse no futuro fosse pior, alguma coisa dentro de mim me acalmava em relação a separação. Eu não conseguia simplesmente ficar triste ou deprimente, acho que é pelo fato de que isso é para o bem do meu filho e dele. Abri meu notebook e procurei passagens aéreas para New York, todas elas estavam um absurdo de caro mas eu teria de pagar tudo. Eu ainda não estive ciente do quanto eu tenho de herança deixada pela minha mãe, vou esperar ate semana que vem pro banco me ligar, se isso não acontecer, eu vou até New Jersey resolver. Olhei para o relógio que fica no canto da tela e indicavam sete e cinqüenta da tarde, o que foi uma surpresa, as horas estavam passando rápido demais. Procurei pelo meu celular e liguei pro Justin para comunicar que iríamos a uma boate a essa noite, pedi que ele me pegasse ás 21:00 assim eu teria tempo de chegar lá e curtir um pouco ele. A cada minuto eu estava começando a ficar mais tensa, o Tic tac do relógio ecoava no meu ouvido fazendo um barulho extremamente irritante. Eu não queria deixa lo pra trás, eu queria viver em paz com ele e ser feliz pro resto da minha vida, mas por que ser egoísta? Por que tem que ter mais pessoas envolvidas nisso? Por que tem que ter uma criatura tão indefesa nessa história? Por que eu estava no meio de tanta confusão? Minha cabeça rodou e algumas lembranças passaram rápidas, o que me fez ter uma tontura desgraçada. Me sentei na cama e tentei absorver um pouco daquelas lembranças, nenhuma delas me parecia real, talvez aquilo fosse sonhos que eu tive. Sonhos que eu precisava me lembrar com urgência. Mas... Por que minha mãe estava envolvida nas lembranças? O que ela tinha haver com isso? No meu ponto de vista, nada. Esperei me recuperar um pouco e me levantei tendo certeza de que eu já estava melhor, caminhei ate meu closet e observei as roupas, olhei pra minha barriga e ela fazia uma curvinha de leve, acho que já estava dando sinal de vida. Por fim puxei uma calça de couro preta, uma blusa larguinha caída no ombro e rasgada na parte de trás com um sapato de salto alto preto. Por cima uma jaqueta preta e uma maquiagem noturna. Ajeitei meu cabelo que estava um pouco armado e deixei de uma forma mais sexy

As horas passaram depressa, ouvi a buzina do carro de Justin na frente da minha casa e desci meia desesperada com o que eu faria em questão de horas. Minha cabeça estava agitada e eu teria de inventar algo para não beber, isso prejudicaria a vida do pedaço de gente que estava dentro de mim. Mas isso não era meu maior problema, o real problema seria terminar, eu sei que jamais conseguiria isso, principalmente se eu estivesse olhando diretamente nos olhos do Justin. Então eu queria que ele mesmo tomasse essa iniciativa. Chegamos lá em cerca de quinze minutos, aquilo estava insano, as pessoas se pegavam em cada canto daquele lugar. A música ensurdecedora ultrapassou meus ouvidos e me deu um desconforto tremendo. Justin me puxou pela cintura e me fez ir de encontro com a sua boca. Ele só estava se prevenindo, mal ele sabia que em algumas horas isso só passaria de lembranças. 

Jus: O que quer beber? - ele perguntou bem próximo do meu ouvido.
vc: Agora não to com sede. - inventei e ele deu de ombros. 
Jus: Por que quis vir pra cá? 
vc: Sei lá, não queria ficar em casa sem fazer nada. - eu gritava por conta da música alta. 
Jus: Eles estão olhando pra você. - Justin estava se referindo a um bando de moleques babões que estavam no bar.
vc: Mas eu sou toda sua. - me joguei em seus braços me aconchegando ali. Eu não queria que acabasse assim, nada como nós, nada como nós dois juntos. Aquilo parecia uma ilusão, uma ilusão confusa em que eu estará perdida sem ter nem sequer uma segunda escolha. Pensei em desistir assim que senti seu hálito quente em meu pescoço, assim que suas mãos passearam pelo meu corpo, assim que seus olhos me encararam com ternura, mas se eu desistisse o que seria de nós? O que seria do meu filho? A ultima coisa que eu quero é ver o Justin numa cova, e se Brown descobrisse era isso que aconteceria, ele não iria saber se o filho era do Justin ou não, isso não importava pra ele. Minha alma gritava dentro de mim pedindo por uma segunda escolha, meu coração implorava por outras alternativas, mas meu cérebro estava focado em salvar as pessoas que eu amava. E era isso que eu deveria fazer, hoje e sempre. Já não me bastou perder uma. Meus olhos rolaram por toda a boate até encontrar os de Scott, meu corpo enrijeceu. - amor será que poderia pegar alguma bebida? 
Jus: Você disse que não estava com se..- interrompi.
vc: Agora eu estou! - fiz biquinho e ele deu de ombros, a principio achei que ele fosse ignorar meu pedido, mas não, ele virou e se perdeu na multidão de pessoas que formavam a nossa volta. Scott parecia me procurar então andei até ele afastando as pessoas, seu sorriso ao me ver foi indecifrável, um olhar misterioso. Abri meu melhor sorriso e o abracei forte. 
Scott: Achei que estivesse me enrolando. 
vc: Não teria sido uma má idéia. - fiz cara de pensativa e dei um sorriso demonstrando que aquilo não passava de uma brincadeira.
Scott: Vamos dançar? 
vc: Sim mas... Eu preciso da sua ajuda.
Scott: Diga. 
vc: Eu não posso mas você vai entender, só não quero que crie expectativas sobre nós. 
Scott: O.k. - um ponto de interrogação ocupava seu rosto. 

Voltamos a pista de dança e avistei de longe Justin me procurando, eu ainda não tinha ao certo meu plano montado, mas eu tinha uma noção do que eu teria que fazer. Esperei que ele finalmente me encontrasse e dancei um pouco para Scott, eu quase pude sentir a fúria dele em mim. Arrastei Scott para perto dos banheiros um lugar mais isolado, eu sabia que Justin nos seguiria e foi essa a minha idéia. Prensei ele na parede e o beijei, era um beijo intenso e insano, sem sentimentos da minha parte o que me fez pensar se essa era mesmo a coisa certa a se fazer. Senti algo me jogando pra trás, e com a força brutal que foi, eu cheguei a cair sentada. Olhei pra cima ainda um pouco zonza e Justin esmurrava Scott com toda a sua fúria, merda! Eu não tinha pensado nisso. Me levantei com certa dificuldade e tentei intervir a briga, o que foi em vão, a cada vez Justin batia mais forte e Scott não conseguia nem se defender, eu realmente estava com dó dele e a culpa foi minha. Uns rapazes chegaram e separaram os dois, o rosto de Scott havia cortes profundos e o de Justin nem se quer um arranhão. Corri até ele e coloquei os meus dedos nas feridas, ele ainda estava zonzo e não muito sóbrio. Olhei em seus olhos e pedi perdão baixinho, para que só ele pudesse ouvir. Meus braços foram puxados a força por Justin que cuspia um pouco de sangue e nisso eu ainda não tinha reparado. 

Jus: SUA VADIA! VOCÊ NÃO PRESTA, OLHA O QUE FEZ. ESTÁ FELIZ? EU DEVIA TER DEIXADO VOCÊ MORRER NAS MÃOS DE BROWN! 
vc: - olhei em seus olhos implorando perdão, querendo dizer toda a verdade, mas agora eu não tinha mais tempo.- VADIA?
Jus: VADIA SIM! BEIJOU O CARA NA MINHA FRENTE SUA FILHA DA PUTA. -ele me deu um tapa estalado na cara, senti minha pele ferver e meu sangue borbulhar de raiva.
vc: SEU CANALHA, OGRO, IDIOTA, VAI SE FODER VOCÊ NÃO PRESTA E NUNCA PRESTOU! VOCÊ JAMAIS VAI ENTENDER ISSO. - ele me deu mais um tapa, mas dessa vez mais forte, coloquei minhas mãos em cima um pouco tonta. Senti uma dor forte na barriga e me lembrei de que eu estava gravida e não podia passar raiva, por isso decidi por um fim naquela discussão e acabar logo com isso. 
Jus: APROVEITA E MORRE. 
vc: TÁ TUDO TERMINADO. 
Jus: NUNCA ESTIVEMOS LITERALMENTE JUNTOS E OUTRA VOCÊ É COMO PAPEL, A GENTE USA E DEPOIS JOGA FORA. VOCÊ SÓ SERVIU PRA TRANSAR E ME DAR DESEJO, SÓ SERVIU DE VADIA PRA MIM. SÓ SERVIU PRA GEMER MEU NOME ALTO. 
Scott: Você tá bem? - ele chegou assustado me aconchegando em seus braços, meus olhos estavam lacrimejados e eu não conseguia mais conter o choro, simplesmente deixei que as lagrimas rolassem. Passamos ao lado de Justin e ouvi ele sussurrar algumas coisas insignificantes, Scott me levou pro lado de fora me cobrindo com meus braços recém malhados. Ele me colocou em um carro que eu supus que fosse dele eme levou até em casa. 
vc: Obrigada. - eu disse com a voz ainda embargada de choro.
Scott: Por que fez aquilo? - ele levou suas mãos e acariciou onde o Justin havia me batido.
vc:Eu disse que eu não podia explicar... Me perdoe pelos surros que você levou. - eu estava graça com tudo que havia acontecido essa noite. E boa parte de mim estava arrependida e queria voltar atras. 
Scott: Eu vou ficar bem, mas e você? A marca dos tapas dele estão estampadas em seu rosto. 
vc: Nada que uma maquiagem não resolva. - tentei sorrir, o que foi completamente fora de nexo porque eu não consegui. 
Scott: Por que não me disse que seu namorado era Justin Bieber? 
vc: Porque não pensei que fosse importante. Ah... Scott? - ele me olhou- Eu não vou te ver mais, então adeus. -Abri a porta do carro e desci, ele apenas sorriu e acelerou o carro indo embora. 

Nesse momento eu não conseguia pensar em nada, minha ficha começou a cair e eu definitivamente estava sozinha agora, sem o Justin... O motivo do meu bem estar, aquele que esteve comigo e que me consolou nas horas dificieis. Eu estava sem chão e depressiva, meu travesseiro estava coberto por lagrimas de sofrimento. Eu sentia ódio e ao mesmo tempo amor, sentia meu coração em pedaços e ao mesmo tempo repleto do fogo da raiva, sentia como se eu quisesse dar um tiro nele e ao mesmo tempo entrar na frente e salvá-lo. Algo que eu não conseguia explicar. Essa não era a primeira vez que o destino me separou dele, e eu acreditava que fosse a ultima. Tantas vezes e agora eu estaria indo pra longe dele, longe de tudo e de todos. Olhei pra minha barriga e chorei mais uma vez, pela duvida talvez de não saber quem era o pai. Mais eu chorava mais ainda de dor, de medo, por não ter mais proteção diante de mim e meu filho. Chorei por estar sozinha nesse mundo absurdamente cruel. Eu achava que teria uma família feliz, eu realmente acreditei que fosse ser feliz por um tempo mínimo. Mas eu acabo de saber que finais felizes acontecem apenas em filmes e historias fictícias. Na vida real o mundo é diferente, ele é calculista, egoísta e é feito por escolhas, escolhas que não tenham outra opção e que te deixam a beira de um abismo. Meu coração doía e eu ouvia ele se despedaçar em pedacinhos inconcertaveis, e eu imaginava, isso jamais ira se cicatrizar novamente. A cada etapa de nossas vidas cicatrizes profundas nos marcavam, nos deixavam deprimidos e acabados. Pensamos apenas no pior e no pior. Mas o que me deixava ainda pior era saber que tudo agora seriam apenas lembranças e que no futuro não existiria um nós, porque isso acabou hoje, no presente. E acabou pra sempre, e o pra sempre quer dizer ter aminesia no futuro seguinte e não lembrarmos das melhores coisas que já nos aconteceu. Um amor tão insano ser esquecido e enterrado, mas isso ainda não era o ruim de se saber, e sim que o pra sempre durava um tempo infinito. E nele não a memória que nos faça lembrar, o que fazia meu coração mais uma vez se dilacerar por tempo um indeterminado, que quem sabe durasse o típico para sempre.

(Continua...)
Tive que me matar e escreve tudo no iPad pq eu sou burra e pá. Mas Eai gostaram desse cap? O que acharam? Me digam nos comentarios gatas. AI MDS LEITORAS NOVAS EU TO TÃO FELIZ POR ISSO! Eu estou bem gente, estou muito bem, vocês me fazem ficar assim tbm. E vocês como estão? Tenho uma noticia pra dar, essa Ibh esta no fim.... Da primeira temporada! Sim vai ter segunda temporada e vai ser muitooooo legal pq tenho bastante planos pra ela. Bom é isso espero que tenham gostado e que eu tenha agradado a todas vocês e desculpa por atrasar até hoje, mas eu sai e não teve como eu escrever o final. Me sigam no tt @fuckm3bi3ber e no meu insta que eu mudei de user de novo @mand0ca . Obg pelo elogio suas divas <33 amo vocês amores, até sábado que vem com o ultimo capitulo dessa primeira temporada. COMENTEM BASTANTE E DIVULGUEM SE POSSÍVEL.

sexta-feira, 14 de fevereiro de 2014

All I need is you by my side - Capítulo 40

Under the stars she took my hand and said: “Love you, need you, need you here to stay”
I’d like to give you what you need
I try but you’re making it hard for me
How do I make you believe? Cause I love you, need you, need you here to stay... 

- Justin Bieber (Memphis)































Jus: Você não vai chegar perto dela! Muito menos o zé ruela do Brown!
Lil: Eu vou cumprir o que ele me mandou fazer. 
Jus: Pau mandado, você não vai fazer porra nenhuma! Eu acabo com a sua vida! 
Lil: Estou esperando você fazer isso até hoje. 
Jus: Vacila pra tu ver. 
Lil: Relaxa Bieber, o seu fim também ta próximo. 

*Cel OFF

A ligação foi finalizada e eu fiquei com vontade de atravessar a linha e arrebentar aquele desgraçado. Quem ele pensava que era pra me ameaçar? Ele era um bosta, pau mandado do caralho. Me acalmei um pouco e subi pra dormir, já que partiríamos pela manhã. O relógio indicavam uma e meia da madrugada, meu sangue estava tão agitado que eu mal conseguia sossegar em paz. Minha cabeça ainda tentava digerir o que a [seu nome] tinha feito pra proteger seus amigos, eu confesso que não conseguiria e eu sei que doeu nela. Porque eu senti em mim. Arranquei a roupa ficando apenas de cueca e me deitei ao lado dela que dormia calmamente. Sua respiração estava meia ofegante, mas nada que eu deva me preocupar... pelo menos eu acho. Abracei-a de lado e ela se mexeu um pouco pra se confortar em meus braços, fechei os olhos e o sono logo me consumiu. 

Abri os olhos e senti um calor tomando conta do meu corpo, um calor que subiu de dentro pra fora. Eu estava soando, levantei rápido e tirei a coberta que cobria meu corpo. Abri as cortinas um pouco pra ver o tempo lá fora e estava absurdamente sol, aquilo parecia de outro mundo. Fechei-as novamente ao olhar pra [seu nome] ainda dormindo. Ainda eram cinco e meia da manhã, não estava na hora de acordar. Eu tomaria um banho e depois acordaria ela, a verdade é que eu fiquei com dó de acordar. Segui até o banheiro e tirei a cueca, liguei o registro até sentir a água completamente fria e adentrei. 

Justin Modo OFF*









Você Modo ON*

Senti algo vibrando e abri meus olhos pra constar que aquilo não era apenas um sonho. Apalpei o outro lado da cama e pude notar que Justin não estava lá, meus pensamentos pensaram num turbilhão de coisas, até ouvir o barulho do chuveiro se abrindo. Mais uma vez meu celular vibrou na comoda ao meu lado, levei minhas mãos até lá e o peguei trazendo pra mim com lerdeza. Meus olhos ainda não tinham se acostumados com a luz, esperei um momento até eu conseguir ter uma visão boa e li o nome do que me incomodava a essa hora da manhã. Meus olhos deslizaram sobre o letreiro e o número privado me chamou a atenção e eu não pensei duas vezes antes de atender pra matar a curiosidade.

*Cel ON

vc: Alô? - minha voz saiu um tanto rouca e sonolenta.
xx: Eai pivetinha. - uma risada fria soou do outro lado e meu corpo estremeceu. 
vc: Quem é? - tentei não demonstrar o medo que eu estava. 
xx: Eu não sou tão ingênuo bonitinha, você sabe quem eu sou. Não reconheceu minha voz? 
vc: Cla-claro. - merda eu havia gaguejado. 
xx: Você anda muito rebelde! Está sem amigos agora né piveta? Agora ficou mais fácil de atingir você.
vc: Vocês não vão me atingir! Eu tenho proteção. 
xx: Seu namoradinho? - senti um arrepio no começo da espinha. - Não se preocupe ele está no topo da nossa lista. 
vc: Vocês não vão fazer nada com ele! - rangi os dentes e isso saiu como um grito.
xx: Aliás, você contou pra ele sobre nossa conversa, o que era pra ter sido segredo. 
vc: Me deixem em paz e ele também. Eu não fiz nada pra vocês cara. - tentei amenizar. 
xx: Claro que fez! Chamou a atenção do meu chefe. 
vc: Vocês são nojentos, me deixem em paz! 

*Cel OFF

Finalizei a ligação na cara dele e desliguei meu celular tirando a bateria por um impulso. Sentei na cama com os olhos marejados não querendo acreditar de que aquilo fosse real, eu não tinha mais amigos, não tinha família. O único que me restará foi Justin. O maior traficante da Califórnia. A maçaneta da porta girou me fazendo levar um susto, limpei as lágrimas que tentaram cair e levantei da cama rápido. Ele não podia saber que a segunda ligação havia acontecido agora mesmo. Seria arriscar muito da vida dele e da minha também. Caminhei até o closet e tentei ignorar ele um pouco pra mim poder me acalmar. Minha cabeça estava explodindo de dor e minhas vistas estavam escurecendo a todo momento me dando um desconforto horrível. Ouvi seus passos atrás dos meus e seus braços me envolvendo em seguida. Sua cabeça foi apoiada no meu ombro e eu fechei os olhos pra poder curtir um pouco aquele momento de carinho dele. Me virei de frente pra ele e dei um selinho demorado, meus olhos ainda estavam cheios de lágrimas e eu não podia olhar diretamente pra ele, ia dar muito na cara. Soltei meus braços dele e fui pro banheiro me trancando lá. Me despi e soltei meu cabelo observando seu estado crítico. Abri a torneira e molhei minha perna pra sentir se estava na temperatura ideal, o calor estava demais hoje e eu não aguentaria tomar banho quente. 

[...]

O jatinho já nos esperava num campo de pouso que eu deduzirá que fosse proibido. Eu já estava mais calma e o Justin não era mais um problema pra descobrir o que havia acontecido. Entramos de mãos dadas e em seguida nossas malas foram postas junto conosco. Aquilo era mesmo particular, tudo do bom e do melhor lá dentro. As poltronas eram forradas de couro beje e as janelas blindadas e com cortinas. Um banheiro de luxo completava aquela maravilha de primeiro mundo. Justin saiu pra conversar com os seguranças e dar as ultimas ordens enquanto eu me aconcheguei naquela cadeira macia e acolchoada. Eu havia descartado meu celular antes de sair de casa, joguei ele no quintal sem que Justin percebesse e assim que eu chegasse na Califórnia eu compraria outro e ficaria tudo bem. Pelo menos era nisso que eu estava acreditando. Me sentei do lado da janela e senti Justin sentar do meu lado animado, acho que ele também acreditava que estaria seguro lá. 

Jus: Tá ansiosa? - ele disse animado.
vc: Hum hum. - assenti e me encostei em seu peitoral. 

Me ajeitei nele e meus olhos pesaram, a manhã ainda tomava conta do clima lá fora. E não passavam das seis e meia. Eu fechava os olhos mas não conseguia dormir de jeito nenhum, um enjoo me incomodava e isso estava se tornando rotineiramente. Eu estava de saco cheio de sentir esses mal estares, e eu estava decidida a ir a um médico assim que chegasse lá. Mas sem Justin estar ciente, não queria o preocupar. Podia não ser algo sério. 

O jatinho finalmente pousou depois de duas horas. Acordei Justin que dormia feito um bebê e me levantei junto com ele. Descemos de lá e a luz bateu em meus olhos não me deixando enxergar direito o que havia a minha volta. Justin passou suas mãos pela minha cintura e me assegurou de que eu estava protegida daquela maneira. O que fez com que meu corpo relaxasse diante do seu. Nosso carro já estava lá, aquilo foi muito bem preparado pelo visto. Justin teve um trabalho e tanto. Entrei no carro e em seguida ele também entrou sorridente, afinal finalmente estávamos na cidade dele. 

Jus: Você tá bem? - ele notou meu silêncio profundo e meus pensamentos distantes. 
vc: To amor. Só estou pensativa. 
Jus: Com o que? 
vc: Deixei tudo pra trás.
Jus: Você ainda tem a mim... e bem ao seu pai também. - olhei pra ele inconformada.
vc: Meu pai nem conta, ele nunca ligou pra mim mesmo. Nas férias ele só fingia que gostava de mim pra ter que me aturar. 
Jus: Ei, ele ainda é seu pai! - um sorriso maravilhoso brotou em seu rosto. 
vc: - sorri amarelo e desviei meu olhar do dele. - Que belo pai. - disse sarcástica. 
Jus: Você só tem a ele agora. 
vc: E você não conta?
Jus: To falando do seu sangue. 
vc: Ah. 
Jus: Mudando de assunto... - ele apoiou uma de suas mãos na minha coxa. - Vai querer passar em algum lugar? - neguei e ele ligou o carro seguindo pra casa dele. 

Algo aqui na Califórnia não me agradava, embora fosse tudo maravilhoso e perfeito. Talvez o fato de eu saber que meu namorado comandava o tráfico daqui não me animasse muito. Mas eu teria de me acostumar se eu quisesse ficar com ele daqui pra frente. Chegamos na mansão de Justin e não demorou muito para que ele estacionasse. Eu queria descansar um pouco, antes de tentar me adaptar aqui. Pedi para que Justin me levasse até a porta da minha casa e me ajudasse com as malas, e assim ele fez. Nos despedimos e eu entrei, notando que minha casa estava completamente vazia, pelo menos era o que aparentava. Deixei minha mala no meu quarto e troquei a roupa por uma mais confortável, por incrível que pareça aqui estava mais calor do que em New Jersey. O que era um absurdo porque eu preferia muito mais o frio. Desci até a sala e Bruna estava saindo da cozinha com uma maça na mão, assim que ela percebeu minha presença na escada, olhou pra mim e sorriu falsa. 

Bruna: Não sabia que tinha chego! - ela parecia sincera.
vc: É, cheguei agora. - por mais que ela parecesse legal comigo, eu não podia negar o fato de que ela me tratava com muita falsidade na maioria das horas. E eu também não queria nenhum tipo de afeto ou proximidade entre nós duas. 
Bruna: Soube que sua mãe faleceu. Eu sinto muito. 
vc: Todo mundo sente. - desviei meu olhar do dela mas pude perceber sua decepção na minha resposta. - Onde meu pai está? 
Bruna: No escritório resolvendo as coisas dele. Você quer que eu vá chamar ele?
vc: Eu vou, sou filha e acho que tenho todo o direito de entrar lá a hora que eu bem entender, não é mesmo? - pisquei e segui até o escritório dele. Eu só iria lá pra avisar que havia chego e que eu sairia agora mesmo. Afinal eu precisava ir ao médico constar se estava tudo bem comigo. Bati na porta e ouvi um "entra" vindo de dentro da sala. Girei a maçaneta e girei a porta com cuidado, evitando o máximo de barulho. Sua cadeira girou ficando agora de frente pra mim, um sorriso abriu de orelha a orelha quando viu que eu estava ali. E uma pergunta me rondou, aquele sorriso era mesmo por eu estar ali? 
Sp: Filha! - ele se levantou e veio até mim com os braços abertos. - Por que não me ligou dizendo que vinha? 
vc: Não achei que devia preocupá-lo com isso. - dei de ombros. 
Sp: Como foi lá? - ele estava se referindo ao velório da minha mãe, responder a isso não seria uma das melhores coisas. Mas eu sabia que não podia evitar esse tipo de pergunta. 
vc: Não gostei de vê-la naquele caixão. - disse com sinceridade. - Ninguém gostaria de ver uma mãe naquele estado. 
Sp: Isso você tem razão. - ele sorriu amarelo e eu não consegui retribuir. 
vc: Eu só vim aqui pra dizer que eu vou sair agora... mas eu volto antes do entardecer. 
Sp: Quer dinheiro? - arqueei as sobrancelhas. 
vc: O que? Por quê eu aceitaria? 
Sp: Porque creio que não tem dinheiro. - sua voz soou obvia.
vc: Não se preocupe eu vou procurar um emprego. 
Sp: Tudo bem. - ele levantou as mãos se rendendo. - Não está mais falando com aquele sujeito né filha? 
vc: Que sujeito? 
Sp: O Justin. 
vc: Estou namorando com ele. 
Sp: Você o quê? - seu tom de voz mudou completamente me deixando assustada. 
vc: Não acho que deva se meter na minha vida amorosa! Já tenho dezessete anos.
Sp: Eu jamais vou apoiar isso, jamais. Será que não sabe que ele não presta?
vc: Eu já sei dele, já sei o que ele é. E eu não tenho medo e muito menos estou em perigo. - Talvez a parte do "eu não estou em perigo" eu estivesse mentindo, ok, eu estava mentindo. Mas ele não precisava saber disso, seria pedir pra ele me separar do Justin de vez.- Como sabia? 
Sp: Todos sabem quem ele é aqui na Califórnia. 
vc: Ah. Eu vou indo tá? 
Sp: Tudo bem. 
vc: Pai, não se preocupe eu estou bem, tá? E ele não vai me fazer mal. - toquei seu ombro o acalmando. Por mais que eu não quisesse, ele era meu pai e qualquer um ficaria inseguro em relação ao Justin. 
Sp: Não adianta você me dizer essas coisas, eu não gosto dele. 
vc: Tudo bem, mas isso não vai mudar nada na minha relação com ele. - me virei para ir embora e ele me chamou.
Sp: Toma esse dinheiro. 
vc: Pra que? Já disse que não preciso.
Sp: Pega logo. 

Peguei o dinheiro depois de tanta insistência e sai daquela casa. A rua não estava tão deserta hoje, as pessoas estavam alegres e felizes com seus filhos, seus amigos e seus pais. Era bonito de se ver, mas triste de sentir... por saber que eu não terei mas a mesma vida de antes. Avistei de longe um ponto de táxi e apressei os passos até lá, já que um carro estava prestes a sair. Me debrucei na janela dele e sorri tentando ser amigável e simpática. 

vc: Estava saindo? 
xx: Sim senhora, eu ia entrar em horário de almoço. 
vc: - sorri desconfortável por ter atrapalhado ele de alguma forma.- Antes de ir, será que pode me levar até o hospital mais próximo? 
xx: Claro, a senhorita está bem? 
vc: Estou sim. - entrei no carro.- Preciso fazer uns exames de rotina. - menti, afinal ele não precisava saber da minha vida.
xx: O hospital mais perto não fica tão longe, chegaremos lá em alguns minutos. 
vc: Vai sair muito caro? 
xx: Não. 
vc: Desculpa por ter atrapalhado seu horário!
xx: Não tem problema. 

O velho até que era legal, ficamos conversando sobre assuntos toscos até chegarmos no hospital, paguei ele e agradeci novamente por ter sido tão simpático comigo. O hospital ficava numa rua muito movimentada, na verdade eu diria que aquilo era uma avenida. Subi as poucas escadas que tinham ali e entrei naquele lugar desagradável. Pessoas tossindo estavam espalhadas por todos os cantos e seria difícil sair dali e não pegar doença nenhuma. Eu estava rezando para que aquilo não acontecesse. Segui até o balcão e me debrucei, chamando a atenção da recepcionista que parou o que estava fazendo para me atender. 

xx: Posso ajudar? 
vc: Eu quero fazer uns exames. 
xx: Que tipo de exames? 
vc: Tem uns dias que eu ando passando mal, e queria ver se está tudo bem.
xx: Então primeiro precisa passar por um médico, certo?
vc: Certo. 
xx: Pegue a senha aqui e me dê suas informações pra fazer o cadastro. 

Fiz o que ela havia mandado e depois me sentei em uma das únicas cadeiras que não estavam ocupadas. Mexi um pouco no celular e lembrei das conversas que eu teria com a Bia se não tivesse brigado com ela. Eu me arrependia de ter feito isso com eles, mas a todo momento tentava me conscientizar de que foi para o bem deles. Ouvi minha senha sendo chamada e me levantei com rapidez, de alguma forma eu estava ansiosa. Passei por uma porta azul que me levou a um corredor branco, haviam mais portas lá e aquele com certeza não era o corredor de emergência onde as pessoas ficavam internadas. Era calmo demais pra isso. Entrei na que me indicaram e um doutor loiro de olhos azuis sorriu ao me ver, mostrando a perfeição de dentes que ele tinha. 

xx: Prazer. - ele se levantou e estendeu sua mão pra mim apertando-a.
vc: Prazer. - sorri e me sentei de frente pra ele. 
xx: [Seu Nome] né? 
vc: Sim e o doutor se chama? - disse sendo pouco discreta e muito direta. 
xx: Niall. 
vc: Lindo seu nome. - sorri, eu estava maravilhada mesmo com o tanto de perfeição que ele tinha apenas por ser tão natural. 
Niall: Vamos te examinar então mocinha. Deite aqui. - ele deu duas batidas na cama indicando pra mim deitar ali. 

Deitei-me e ele foi perguntando o que eu havia sentido esses dias, acho que dentro dele, ele já sabia a resposta pra tudo. Só não queria me contar ainda. Suas mãos tocaram meu pescoço, minha barriga e todos aqueles lugares e os médicos tocam quando nos examinam. Ele me mandou fazer um exame de sangue pra checar uma coisa que ele disse que estava quase confirmada. Depois de ir até uma salinha com uma enfermeira que me espetou com aquela agulha e tirou meu sangue, eu voltei pra sala de espera onde eu estava quando chegará aqui. Todas aquelas pessoas me olhavam estranho, talvez por eu ser nova e estar sozinha. Mas de alguma maneira eu já sou independente. Uma demora depois meu número apareceu no visor e eu novamente fui até a sala do Dr. Niall, me sentei de frente pra ele e seus olhos sorriram pra mim. Ele era um amor de pessoa, eu realmente amei ter o conhecido. 

vc: Eu quero saber o que eu tenho. - disse sincera. 
Niall: Eu já sei o que é, os exames comprovaram. 
vc: E o que é? - eu rezava para que não fosse algo sério. 
Niall: Acho que vai gostar da noticia. 
vc: Ou não. - comecei a balançar meus pés ritmicamente por conta da ansiedade e do medo. 
Niall: Tem namorado? 
vc: Isso é uma pergunta a se fazer pra uma paciente? - eu dei uma risada um tanto escandalosa.- Tenho sim. 
Niall: Parabéns mamãe! 
vc: O QUE? - engasguei com a minha própria saliva e meu coração por um momento imaginei que tivesse parado de bater. 

(Continua...)
HEEEEEEY SEXY DIVAS. 
OBRIGADA PELOS COMENTÁRIOS. E EU VOU POSTAR AOS SÁBADOS ENTÃO, COMEÇAREI SEMANA QUE VEM TÁ? Pq minha mãe tirou meu celular de mim e o pc tbm, então já sabem né? N tenho como entrar nem no tt :( E foi um sacrificio ela deixar eu entrar aqui pra postar pra vocês.
Vocês me fazem bem sabiam? Esse cap ficou bom? Eu me esforcei bastante, mas ainda acho que ta pequeno :( Dsclp messssssmo. 
ME SIGAM LÁ: 
@fuckm3bi3ber (tt)
@mandizzle__ (insta)

AMO VOCÊS, COMENTEM AI O QUE ACHARAM DESSE CAPÍTULO AI.


























LIKE MAROMBEIRO KKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKK PAREI

quinta-feira, 6 de fevereiro de 2014

All I need is you by my side - Capítulo 39

Roller coaster, roller coaster
For a minute, we were up, but the next, we were falling down... 

- Justin Bieber (Roller Coaster)































Jus: TÁ LEGAL, VOCÊ QUER SABER QUAL É A MINHA VIDA DUPLA? A VERDADE É QUE EU NÃO TENHO UMA "VIDA DUPLA", EU TENHO UMA SÓ, A DE MAFIOSO E SE VOCÊ NÃO CALAR ESSA PORRA DE BOCA, EU TE JOGO PRA FORA DO CARRO, PORQUE VOCÊ NÃO FACILITA AS COISAS E AINDA ME IRRITA. TA AGINDO COMO UMA CRIANÇA O TEMPO TODO! ME DEIXA FAZER AS COISAS PRA TE PROTEGER CARALHO. SE A SUA PERGUNTA FOR "VOCÊ USA DROGAS", SIM EU USO, INCLUSIVE EU SOU TRAFICANTE DELAS, TRÁFICO ATÉ FORA DA CALIFÓRNIA. MEU TERRITÓRIO É LÁ, E SE VOCÊ QUER SABER, EU COMANDO TUDO. ROUBO SIM, FAÇO LAVAGENS DE DINHEIRO, E MATO. METO BALA EM QUEM TENTAR ME ATRAPALHAR. MAS ACONTECE QUE AGORA, NÃO SE TRATA APENAS DE MIM, SE TRATA DE VOCÊ! QUE ESTÁ CORRENDO PERIGO! "COMO VOCÊ SABE?" EU TENHO GENTE ESPALHADA POR AI, POR TODOS OS CANTOS. E ESTÃO ATENTOS A CADA PASSO QUE O MEU INIMIGO DÁ. POR ALGUM MOTIVO, BROWN QUER VOCÊ, E LIL ZA JÁ ESTÁ PROVIDENCIANDO ISSO. MAS EU NÃO POSSO DEIXAR QUE TE PEGUEM! EU TO TENTANDO TE PROTEGER. AGORA DA PRA CALAR A BOCA E ME DEIXAR FAZER ISSO? - Ele cuspiu as palavras e me olhou rápido, seus olhos estavam vermelhos. Se ele acha que poderia falar dessa maneira comigo, ele não podia não. Porque se ele é ruim, eu posso ser pior. 
vc: OLHA SÓ JUSTIN, NÃO É SÓ PORQUE VOCÊ É UM MAFIOSO QUE PODE ME TRATAR ASSIM! EU NÃO VOU ADMITIR ISSO! EU NÃO SOU SUAS PUTAS NÃO MEU FILHO. VOCÊ NÃO PODE GRITAR COMIGO, QUEM VOCÊ PENSA QUE É? UM MERDA, É ISSO QUE VOCÊ É. SE VOCÊ QUISER ME DEIXAR NA ESTRADA DEIXA! DEIXA ELES ME PEGAREM PORRA. EU NÃO PEDI PRA ME PROTEGER, EU NÃO PEDI PRA ENTRAR NA MINHA VIDA! EU NÃO SEI O QUE QUEREM COMIGO, MAS NÃO DEVE SER BOM E ISSO NÃO IMPORTA AGORA, MAS SE ME DEIXAR AQUI EU VOU DESCOBRIR. DESCULPA FAZER DA SUA VIDA UM INFERNO! SE NÃO TA FELIZ ENTÃO TERMINA. 
Jus: Eu não disse isso. - ele disse tentando manter a calma.
vc: MAS QUIS DIZER! - esbravejei. - SE ME TRATA ASSIM POR QUE TÁ TENTANDO ME PROTEGER? - ele se calou e eu insisti. - EM? POR QUE TA FAZENDO ESSE "ESFORÇO" POR MIM? POR QUE NÃO ME DEIXA NA ESTRADA PRA ELES ME PEGAREM? 
Jus: POR QUE EU TE AMO PORRA!

Ele me olhou rápido e nervoso. Bufei e cruzei os braços pra conter minha raiva. Ele não podia me tratar assim, isso era injusto comigo. Me virei pra janela e encostei minha cabeça no vidro, fechei os olhos e tentei digerir oque ele tinha acabado de contar. Criminoso? Meu namorado era o maior criminoso da Califórnia e eu não sabia. Justin fez uma manobra brusca virando o carro de uma vez só pro outro lado. Senti minha cabeça chocar contra o vidro e me dar uma dor inevitável. Virei a cabeça rápida e ouvi dois disparos sendo feitos contra nosso carro, Justin tirou sua arma da cintura e disparou contra eles furando as duas rodas de trás. Abaixei a cabeça, tampei meus ouvidos e fechei os olhos. Eu estava com medo, com muito medo e isso eu não podia negar. Eu estava rezando para que chegássemos em casa logo. Me acalmei quando percebi que Justin havia diminuído a velocidade, já estávamos perto. Adentramos e pude ver os brutamontes que rondavam minha casa, me segurei forte no banco e arregalei os olhos. Quem eram aqueles armários?

vc: Quem são eles Justin? - mantive meu tom de voz sério, não deixando sair nenhum tom de medo.
Jus: Seguranças. A gente volta amanhã, mas essa noite eles vão precisar ficar. 
vc: Hum. 

Ele estacionou o carro na garagem e eu desci percebendo os olhares voltados pra mim. Desci e bati a porta com força, um segurança meio negro estava conversando com os outros e parecia dar ordens. 

vc: Ei! - o chamei e ele me olhou. - Vem aqui. 
xx: Sim senhora. - ele chegou perto.
vc: Como é seu nome?
xx: Call. 
vc: Call, amanhã vamos sair cedo esteja ciente disso. - ele disse sim com a cabeça. - E deixe meu carro preparado, vou sair hoje. 
Call: Pode deixar. 
vc: Obrigado. 

Sai dali e olhei novamente pro carro que viemos, duas balas estavam alojadas na traseira dele. Respirei fundo e adentrei na minha casa. Subi rápido e me tranquei no banheiro. Me despi e preparei a banheira com sais relaxantes, soltei meu cabelo que estava preso por um coque e deixei eles caírem sobre meus seios. Me olhei no espelho e eu estava acabada, minhas olheiras se destacavam e meu cansaço estava estampado no meu rosto. Entrei na banheira aos poucos sentindo o choque térmico, a espuma logo se misturou com o meu corpo e eu me sentei. Eu estava apreensiva, não queria que fizessem mal para mais ninguém ao meu redor. Eu tinha que me afastar dos meus amigos... mas eu não queria isso. O problema é que eu não podia ser egoísta e pensar apenas em mim, eu tinha que fazer isso pro bem deles. Mas eu tinha que fazer isso em público, para que algum pagante do Brown visse e o falasse. Sai do banho e me enrolei na toalha, minha cabeça estava prestes a explodir com tantos problemas. Enrolei outra toalha no cabelo e sai do banheiro. Justin estava jogado na cama só de cueca, ele fingia estar dormindo parecia até um anjo, mas só parecia mesmo. Peguei a toalha de rosto e taquei em direção a ele, ele ficou surpreso pela minha reação.

vc: Sai da minha cama e vai tomar banho. - disse séria e segui em direção ao closet. De canto de olho pude perceber seus olhos revirarem, mas ele levantou e se trancou no banheiro. Procurei o vestido mais chamativo que eu tinha ali e o vesti. Ele destacava minhas curvas me deixando mais sexy e mais adulta. Fui para a frente do espelho e comecei com a maquiagem, pra dar certo com o vestido fiz algo forte. Justin saiu do banheiro enrolado pela toalha, ele parou e me olhou confuso. 
Jus: Aonde pensa que vai?
vc: Nós vamos. - o corrigi.
Jus: Aonde? - ele repetiu no mesmo tom.
vc: Balada. Preciso fazer uma coisa. 
Jus: Ta achando que virou vadia?
vc: Meu nome não é Lana.
Jus: - ele riu debochado. - Mas tá parecendo com essa roupa.
vc: se arruma, preciso fazer uma coisa. - repeti ignorando o que ele havia dito. - Ah e aliás você deveria ter mais segurança no seu taco. - pisquei.
Jus: Você só pode estar brincando comigo. 

Ele disse isso mas seguiu até o closet para procurar algo. Finalizei minha maquiagem e procurei meu celular pelo quarto, até achar e discar o número da Bia, provavelmente ela estaria com Chaz e o resto do povo. 

*Cel ON

vc: Alô?
Bia: Eai vadia. 
vc: Bia me encontrem lá na boate hatway. - disse sem mais rodeios, eu não queria me arrepender, embora fosse fácil. 
Bia: Aconteceu alguma coisa?
vc: não.
Bia: Então tá. Que horas?
vc: Daqui a pouco, vocês tem dez minutos. 
Bia: Ok, até daqui a pouco. 
vc: Chama os outros também. 
Bia: Pode deixar! - ela deu uma pausa breve. - Beijo, te amo. Tchau!

*Cel OFF

Finalizei a ligação sem nem ao menos responder, desculpa Bia... Eu disse a mim mesma prensando meu celular contra o peito com os olhos marejados. Não deixei que as lágrimas caíssem e as limpei com rapidez. Sequei meu cabelo e o deixei ondulado dando um ar sexy. Eu estava confusa, não tinha a mínima ideia de como eu começaria a briga com eles, mas eu não podia andar pra trás. Não podia pensar só em mim agora, eles estavam em risco e se eu não me separasse deles agora, mas tarde doeria muito mais perde-los pra morte. Justin saiu do closet pronto e me fuzilou com os olhos. 

vc: To bonita? - Dei uma risada maliciosa. Eu já estava pronta.
Jus: Gostosa. Irresistível. - ele veio se aproximando e me puxou com força pela cintura, ameaçando me beijar.
vc: Epa epa, vai ter que esperar até mais tarde. - O empurrei de dei uma piscada deixando ele ainda mais irritado. 
Jus: Que balada vamos? - Ele se olhou no espelho. 
vc: boate hatway.
Jus: Vou avisar pros... - interrompi.
vc: Já avisei pros seguranças.
Jus: Já? - Ele arqueou as sobrancelhas.
vc: Sim, vamos? - Apoiei meus braços nos ombros dele.
Jus: Eu queria ficar aqui e curtir... - Ele me puxou pela cintura forte e com a outra mão apertou minha bunda.
vc: Mas temos que ir. - Me separei dele e passei rebolando na frente dele. Desci as escadas devagar, eu estava tensa, tremendo de nervoso do que aconteceria daqui a pouco. Entramos no carro juntos e eu fiquei calada o tempo todo, a verdade é que meus pensamentos estavam lá. 
Jus: Não vai mudar a estação do rádio? - Ele me tirou de meus devaneios e me olhou confuso.
vc: Ah sim. - Levei minha mão com lerdeza até os botões e mudei até minha rádio favorita. - Pronto.
Jus: Ta desanimada por quê?
vc: Nada. 
Jus: Você não me engana.
vc: Eu tenho que resolver umas coisas hoje... - Dei uma pequena pausa e decidi não contar já que ele podia acreditar na mentira. -Mas não é nada.
Jus: Então tá. - Ele deu de ombros e levou sua mão esquerda até minha coxa.

Chegamos em alguns minutos pois não era tão longe assim. Aquilo estava lotado, Justin procurou uma vaga e estacionou. Descemos do carro e demos as mãos, ele fuzilava todos que ousavam olhar pra mim, por mais que eu estivesse chamando muito a atenção. Entramos pela área vip e meus olhos rolaram até encontrar Bia ou os outros. Minhas mãos começaram a soar e por um ato de impulso puxei minha mão, soltando-a do Justin.

vc: Oi. - disse seca pra todos eles que bebiam e riam.
Chaz: Eai baixinha! - Ele veio se aproximar mas eu me esquivei e ele me olhou confuso.
Bia: Oi Vadia.- Ela acenou. 
Mel: Oi Pandinha! - Ela sorriu e eu continuei séria. 
Vitor: Oi [seu apelido]. 

Justin apenas mexeu a cabeça como comprimento. Eles estavam irradiantes e felizes eu não queria acabar com aquela felicidade, mas eu também não tinha outra escolha a não ser isso. E eu moraria com o meu pai o que facilitaria muito pra mim. Respirei fundo e procurei alguma coisa que me motivasse a brigar com eles. Observei um cara encapuzado que não parava de me olhar, então deduzi que ele era o meu seguidor de hoje. Me juntei ao Justin e dancei com o meu corpo colado no dele trazendo toda a atenção a nós. Joguei minha cabeça pra trás e passei minha mão de forma sensual no meu cabelo. Peguei uma bebida e observei que Bia e Mel tinham ido ao banheiro juntas, me separei de Justin com qualquer desculpa e as segui. Abri uma frecha da porta e comecei a escutar a conversa delas. 

Bia: Alguma coisa estranha ta acontecendo. - Seu tom de voz era sério. 
Mel: Por mim ta normal.
Bia: Normal? Ela está mais seca do que o normal!
Mel: Deve estar com problemas.
Bia: Quais? 
Mel: Eu não sei... mas acho que ela não está tão comovida com a morte da mãe dela. - Meu coração apertou e meus olhos se enxeram.
Bia: O que? Claro que ela se comoveu! Não fale uma besteira dessas.
Mel: A gente tem que descobrir e acabar com isso. 

Empurrei a porta do banheiro com brutalidade, meus olhos estavam marejados e meu coração apertado por ter que fazer isso. E essa... seria uma ótima desculpa. Elas me olharam assustadas e surpresas.

vc: Não se metam na minha vida.
Mel: [Seu Nome]? - Seus olhos estavam esbugalhados. 
Bia: Vo-você escutou tudo? 
vc: ESCUTEI SIM. INCLUSIVE QUE VOCÊS QUEREM SE METER NA MINHA VIDA! 
Mel: SE METER NA SUA VIDA? A GENTE QUERIA AJUDAR.
vc: AJUDEM NÃO SE METENDO, VOCÊS NÃO TEM NADA A VER COMIGO! FALA SÉRIO, NOSSA AMIZADE SEMPRE FOI ARRANJADA. SERÁ QUE VOCÊS NÃO PERCEBERAM? - Dei uma risada sarcástica por causa do nervosismo, aquilo me dava um aperto. - EU ME APROXIMEI DE VOCÊS POR SIMPLESMENTE... - fiquei sem palavras, meus olhos não aguentavam segurar as lágrimas pesadas. Olhei pras duas e balancei a cabeça negativamente, depois sai do banheiro empurrando a porta com força e a batendo. Eu queria sair dali o mais rápido possível e acabar logo com isso, mas ali no banheiro ninguém veria, eu teria de trazer a briga pra fora. Ouvi o barulho ensurdecedor da música invadir meus ouvidos e me dar um desconforto fora do normal. Senti meu corpo estremecer e uma tontura tomar conta de mim, me segurei na parede e senti mãos me tocando pelas costas. Me virei perdidamente e meus olhos encararam os de Bia, que chorava tanto quanto eu. 
Bia: Me diz que é mentira? - Ela gritava.
vc: Não, não é. - Eu queria gritar que aquilo era pro bem dela, que eu estava sendo obrigada. Mas eu não podia pensar em mim agora... Mellyssa chegou atrás dela a consolando. Uma rodinha se formou em volta de nós, eu ouvia gritos, assovios, tudo ecoava na minha cabeça explodindo. Chaz chegou com Vitor, os dois estavam assustados com o que estava acontecendo. 
Mel: Vamos Bia, ela não nos merece. - Seu olhar era cabisbaixo, era de tristeza, e me doeu na alma ter que escutar isso.  
Chaz: O que está acontecendo? 
vc: VOCÊS SÃO OTÁRIOS, NUNCA TIVERAM CAPACIDADE DE ME ENTENDER! NUNCA TENTARAM NEM SE QUER SE COLOCAR NO MEU LUGAR. AGORA VEM DIZER QUE EU NÃO MEREÇO VOCÊS? CONTA OUTRA! VOCÊS É QUE NÃO ME MERECEM. O ÚNICO QUE EU AGRADEÇO AQUI É AO CHAZ, QUE SEMPRE ME AJUDOU. AGORA VOCÊS SEMPRE ME LEVARAM PRO MAL CAMINHO, UMA MENINA INOCENTE, É ISSO QUE EU ERA. E VOCÊS ME TRANSFORMARAM. ME MUDARAM, ME OBRIGARAM A ISSO. EU VOU TER UMA VIDA NOVA, LONGE DE VOCÊS, É DISSO QUE EU PRECISO. 
Vitor: [Seu nome]? - ele se aproximou com lágrimas nos olhos. - Você me enganou também?
vc: Eu te usei. - Respirei fundo ao dizer isso, eu nunca disse coisas tão duras como essas pra eles, chegou a doer em mim. Justin chegou assustado e me abraçou quando percebeu a confusão que aquilo estava causando. Ele me aconchegou em seu peito e meu corpo desabou, minhas pernas ficaram fracas e eu entrei em estado de choque, chegando a ficar da cor de um papel. 
Jus: Meu amor... - ele puxou meu queixo com cuidado.- O que aconteceu?
vc: Me leva embora daqui Justin? Por favor.
Jus: Você tá branca, o que aconteceu? 
vc: Eu te explico depois... agora me tira daqui. - Justin me guiou entre as pessoas curiosas, mas assim que passamos por Chaz e os outros. Me encararam tristes e completamente sem chão.
Chaz: Eu to decepcionado [seu nome]. - Seu olhar baixo me fez querer voltar atrás. Meu coração se despedaçou, como eu pude ser tão dura com eles? Eu só queria acordar desse pesadelo ruim. 

Chegamos no carro em questão de segundos, Justin não perguntou nada. Apenas dirigiu até minha casa e me levou até o quarto com cuidado, ele percebeu a minha fragilidade e não disse um pio. 

Jus: Você precisa me contar o que foi aquilo. - Seu olhar de sinceridade me tocou. 
vc: Eu não quero mais as pessoas que eu amo em perigo, Justin. 
Jus: Como assim?
vc: Eu quero proteger eles.
Jus: Brown ameaçou ele? - Ele arqueou as sobrancelhas e eu assenti. - O que mais ele disse?
vc: Nada. - me deitei com cuidado na cama. 
Jus: Vai ficar tudo bem. - Ele se aproximou e depositou um beijo em minha testa. - Vamos partir hoje de madrugada. 

Estarei pronta, disse em minha mente. Meu coração estava mais uma vez em pedaços, eu precisei disso pra protegê-los. Agora eu sabia que eles estavam seguros da morte, ou melhor, desse tal de Brown. Deixei que o sono me consumisse e não vi mais nada.

Você Modo OFF*








Justin Modo ON*

Ela adormeceu na cama como um anjo e eu desci pra sala com meu celular em mãos. Agora que eu tinha o número do Lil poderia resolver o que ficou pendente. Coloquei em privado e disquei o número dele, no sexto toque ele atendeu com uma voz sonolenta. 

*Cel ON

Lil: Alô?
Jus: Alô o caralho! 
Lil: Quem é?
Jus: Não importa porra, você ligou ameaçando minha mina. Vai pagar caro por ter feito isso!
Lil: Justin? - Ele riu debochado. - Então ela te contou?
Jus: Contou sim filho da puta! E não vai ficar assim, ainda mais porque foi você que roubou minha carga. 
Lil: Como conseguiu meu número?
Jus: Foda-se como eu consegui porra! Avisei teu chefe que depois de você, é ele.
Lil: Você nunca vai chegar até ele Bieber. Muito menos até mim! 
Jus: Não duvide disso. 
Lil: Você jamais vai me pegar Bieber! Sua namoradinha já está nos planos do meu chefe. 
Jus: Você não vai chegar perto dela! Muito menos o zé ruela do Brown!
Lil: Eu vou cumprir o que ele me mandou fazer. 
Jus: Pau mandado, você não vai fazer porra nenhuma! Eu acabo com a sua vida! 
Lil: Estou esperando você fazer isso até hoje. 
Jus: Vacila pra tu ver. 
Lil: Relaxa Bieber, o seu fim também ta próximo. 

(Continua...)
Gostaram? Eu continuo ou paro?
Gente não fiquem tristes minhas princesas, me perdoem? Minhas aulas voltaram e eu mal tenho tempo pra mim mesma. Mas eu vou postar sempre que eu puder. Tá tento muita lição e tals... e eu consegui fazer esse cap, dsclp por estar pequeno, vou tentar recompensar no próximo. 
Mas enfim, vocês estão bem? Ei, e os textos? sumiram? 
Perguntem o que quiserem, falem comigo, encham meu saco e me sigam. Pq eu entro no tt pelo celular @fuckm3bi3ber 
AMO VOCÊS GATAS, COMENTEM AI E ESCOLHAM UM DIA DA SEMANA PRA MIM POSTAR COMO EU FAZIA ANTES. E DE NOVO DESCULPA PELO CAP PEQUENININHO, FOI O QUE EU CONSEGUI FAZER EM POUQUÍSSIMO TEMPO. BIEBERKISSES